A qualidade da água em reservatórios de abastecimento humano é imprescindível para a manutenção da saúde da população contemplada com as águas provenientes desses açudes. O objetivo desse estudo foi analisar a qualidade da água por meio de dados de nitrogênio total (NT); fósforo (PT), Sólidos Suspensos Totais (ST), transparência de Secchi (SECCHI), clorofila-a (CHLA) e densidade de cianobactérias (CIANO). O estudo reuniu as informações referentes a reservatórios de elevada importância para o abastecimento humano na bacia Apodi-Mossoró: Santa Cruz do Apodi, Pau dos Ferros, Umari e Bonito II, sendo todos com capacidade máxima superior a 10 milhões de m³. Os dados semestrais foram obtidos a partir do Programa Água Azul, um Programa Estadual de Monitoramento do IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente). Em geral, os reservatório de Pau dos Ferros (PFE) e de Bonito II (BON) apresentaram dados de qualidade piores que os demais, embora todos eles apresentem elevadas concentrações de fósforo total (PT). PFE e BON apresentaram elevada densidade de cianobactérias, o que é potencialmente danoso para a saúde. Santa Cruz do Apodi (SCA) e Umari (UMA) apresentam o melhor IQA. Portanto, as elevadas concentrações de fósforo podem desencadear florações nos reservatórios, dificultando o tratamento de água por estações de tratamento convencionais e potencializando os riscos sanitários pois cianobactérias podem produzir toxinas danosas à saúde humana e dos animais que utilizam essas águas. Esses resultados são importantes para elaboração de estratégias de manejo e gestão da qualidade dos mananciais inseridos na bacia Apodi-Mossoró, uma vez que além de ser utilizada para o abastecimento humano, a água acumulada nesses mananciais proporciona o desenvolvimento de atividades econômicas na região.