Bignoniaceae é uma família pantropical que compreende 82 gêneros e 827 espécies, predominantemente neotropicais com raros representantes pelas regiões temperadas da América do Norte e África. Atualmente, esta família inclui oito clados: Bignonieae, Catalpeae, Clado Paleotropical, Oroxyleae, Aliança Tabebuia, Tecomeae, Tourrettieae e Jacarandeae. Nesse contexto, se sobressai a tribo Bignonieae, grupo Neotropical que inclui 393 espécies e 21 gêneros, ou seja, quase metade das espécies pertencentes à família, composta por espécies arbustivas e lianas, estas em grande maioria. Considerando-se a representatividade taxonômica de Bignoniaceae aliada à sua importância econômica e ecológica e, paralelamente, a escassez de estudos no semiárido brasileiro, é de fundamental importância o desenvolvimento de estudos taxonômicos nessa região. Foram realizadas excursões mensais em municípios pernambucanos para coleta de espécimes férteis (com flores e/ou frutos). Os materiais obtidos eram prensados ainda em campo e flores e frutos também foram estocados em álcool a 70%. Além do estudo dos materiais coletados durante a execução desta pesquisa, também foram feitas visitas aos herbários PEUFR, HST, HESBRA, EAC e RB. Para auxiliar na identificação, usou-se a bibliografia especializada e consultas às coleções online do Herbário Virtual REFLORA (Brasil), Missouri Botanical Garden (MO) e The New York Botanical Garden (NY) (Estados Unidos da América). Foram encontrados quatro novos registros de Bignoniaceae, todos pertencentes à tribo Bignonieae: Adenocalymma hypostictum, Adenocalymma coriaceum, Anemopaegma velutinum e Cuspidaria convoluta, sendo encontradas em fitofisionomias de caatinga e em florestas secas e úmidas.