A hibridação e introgressão entre espécies vegetais é um evento extremamente comum, e importante fonte de variações e surgimento de novas espécies, sendo crucial a adequada identificação dos híbridos. Objetivando o reconhecimento de zonas de hibridação, foram caracterizados citogenéticamente três possíveis nototaxons de Tacinga, através do bandeamento com os fluorocromos CMA/DAPI. Nesse estudo foram apontadas três supostas zonas de hibridação, sendo uma localizada na Paraíba (Assunção), outra Bahia (Morro do Chapéu) e Minas Gerais (Pedra Azul), em duas quais T. inamoena encontra-se envolvida como um dos parentais, provavelmente em decorrência da sua relação de proximidade com as demais espécies do gênero. Os híbridos diferiram quanto ao número, fórmula cariotípica e padrões de distribuição de bandas heterocromáticas. A hibridação entre espécies de Tacinga tem sido eventualmente observada em campo, e pode representar um importante mecanismo de variação morfológica e especiação, particularmente depois de algumas gerações de retrocruzamentos. Tacinga inamoena, parecendo ser, um excelente material para o estudo de complexo de espécies, especialmente, quando se investiga complexos poliplóides em que as espécies tetraploides são mais frequentemente híbridos que parecem relacionados à evolução reticulada.