O Nordeste do Brasil (NEB) possui enorme variabilidade no campo da precipitação, como também vários são os sistemas em escalas sinóticas, que provocam precipitação e alagamento nos centros urbanos, como: Frentes Frias, que elevam o índice de precipitação no sul do NEB; Ondas de Leste que gera precipitação no litoral leste do NEB; Linhas de Instabilidade que estão relacionadas com regimes de precipitação no sertão do NEB; Vórtice Ciclônico do Ar Superior, que causam precipitação, principalmente no norte do NEB. Um outro sistema causador de elevadas chuvas no Nordeste do Brasil é a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que, está associado a precipitações intensas e, praticamente, define a estação chuvosa em todo o Semi-árido do Nordeste. Nesse contexto, o artigo objetiva analisar a causa, frequência e conseqüências da inundação na cidade de Ipanguaçu/RN, ocorrida no período de abril de 2008. Os dados foram coletados na Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte - EMPARN, bem como a aquisição de imagens de Satélites GOES E METEOSAT, em horários sinóticos, disponível livremente no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Como metodologia utilizou-se de técnicas de nefanálise, estatística descritiva e inferencial, além da distribuição probabilística de Gumbel. Os Resultados parciais mostraram que predominou a formação e atuação da Zona de Convergência Intertropical e Vórtice Ciclone da Atmosfera Superior com fortes intensidades, gerando alto índice de precipitação, o que causou várias consequências, tais como: acidentes automobilísticos, danos em asfaltos, alagamento de casas, comércios, carros, enfim atingiu a população em geral, principalmente aquela com moradia precária. E ao analisando o período de retorno de uma enchente em Ipanguaçu/RN, a partir da distribuição de Gumbel, foi visto que a probabilidade de ocorrer outra chuva com essa intensidade de 288,3 mm é de aproximadamente 7 a 8 anos.