A irrigação possibilita, aos agricultores do sertão paraibano, manter níveis satisfatórios de produtividade, em suas áreas de cultivo, contudo o conhecimento da qualidade da água e de técnicas de manejo adequadas, para o não comprometimento da qualidade dos solos e, consequentemente, o crescimento e desenvolvimento vegetal, tornam-se indispensáveis. Neste sentido, o objetivou-se avaliar a qualidade físico-química da água de poços tubulares, utilizados para fins de irrigação, na região de Nazarezinho, PB. Para tal, foram coletadas 20 amostras de água, ente os meses de março e julho de 2017, de poços tubulares, com profundidade média de 50 m, para avaliação dos parâmetros físico-químicos pH, condutividade elétrica, cloretos e sulfatos, carbonatos e bicarbonatos, carbonato de cálcio, potássio, cálcio, magnésio, sódio, razão de adsorção de sódio. Com base nos resultados encontrados no estudo, foi possível constatar que, a água da maioria dos poços analisados encontra-se dentro dos limites aceitáveis para o uso na irrigação de espécies vegetais, não se enquadrando nas classes de risco de sodificação do solo e com mediana possibilidade de se provocar salinização. O possível efeito tóxico nas culturas, sobretudo em virtude de altas concentrações de cloretos, também não foi observado, sendo que 95% das águas podem ser utilizadas via irrigação superficial e 85% por aspersão, sem nenhum risco. Com base no modelo de classificação de uso para irrigação, utilizado, concluiu-se que 60% das águas foram classificadas como C2S1, salinidade média e baixa quantidade de sódio, e 40% como C3S1, salinidade alta e baixo teor de sódio. Para possibilitar o uso sustentável das águas analisadas, para irrigação, faz-se necessário investimento em sistemas de irrigação eficientes e em construção de sistemas de drenagem, nas áreas a serem cultivadas.