O gênero Tacinga compreende oito espécies, das quais sete são endêmicas para o leste do Brasil, e uma endêmica do Nordeste da Venezuela. Para tentar entender a diversificação e evolução caiotípica do gênero foram analisadas seis espécies, por meio do bandeamento cromossômico com fluorocromos CMA/DAPI. Em Tacinga os números cromossômicos variaram de 2n = 22 (T. braunii, T. funalis e T. palmadora) a 2n = 66 (T. werneri), apresentam cariótipos simétricos, cromossomos predominantemente metacêntricos, com tamanho médio variando de 0,95 até 2,68 μm. O padrão de bandas heterocromáticas foi caracterizado pela presença de pelo menos um par cromossômico com bandas CMA+/DAPI− terminais conspícuas, frequentemente ligadas e distendidas, além de algumas bandas CMA+ intersticiais. Contudo, T. inamoena, apresentou três padrões de bandas distintos em três populações analisadas (citótipos). A autopoliploidia e ação dos elementos transponíveis parecem ser os mecanismos que melhor explicam a diversificação e evolução cromossômica em Tacinga. Por outro lado, a diversidade morfológica observada entre populações disjuntas de T. inamoena pode ser explicada como sendo o produto de trocas genéticas com as demais espécies, parecendo ser, T. inamoena, um excelente material para o estudo de complexo de espécies, especialmente, quando se investiga complexos poliplóides em que as espécies tetraploides são mais frequentemente híbridos que parecem relacionados à evolução reticulada.