Este artigo objetiva analisar a cidade de Aroeiras, na Paraíba, entre anos de 1970 a 1990. Para esse momento, buscamos atribuir visibilidades a reformas espaciais a partir da análise de fotografias que, na nossa compreensão, são significativas para o tecer de leituras que versem sobre o urbano. Para apresentarmos a cidade e as vivências que dão vida ao urbano, empreenderemos um esforço no sentido de dialogar com categorias como representações, apropriações e práticas. Nesse sentido, discutiremos transformações de espacialidades, paisagens configuradas individualmente, compartilhadas pelo coletivo, pelos moradores e constituidores do urbano. Assim, problematizaremos as novas roupagens do urbano, refletindo sobre os usos dos espaços, sobre as práticas dos citadinos. Para tanto, analisaremos fotografias tomadas como fontes históricas, e dialogaremos com teóricos como Michel de Certeau e Roger Chartier para pensarmos categorias como apropriações e representações. Refletindo sobre tais aspectos, para compreender as dinâmicas da cidade, destacando suas modificações materiais e estruturais, assim como os impactos causados no viver urbano, os percursos citados configuram-se como um importante lócus para compreender as vivências citadinas e, ao mesmo tempo, dar visibilidade a diversos olhares sobre o urbano.