O reflorestamento da região semiárida do Nordeste, tem sido proposto com o intuito de evitar ou compensar o desmatamento, indicando-se a utilização de espécies florestais nativas, as quais apresentam elevada adaptabilidade às condições climáticas e de solo. No entanto, o estabelecimento de plantios florestais, encontra-se diretamente atrelado a qualidade das mudas, aspecto fundamental para o sucesso inicial. Entre os fatores que exercem influência na produção de mudas de espécies florestais, destaca-se a escolha do recipiente e o volume de substrato por ele comportado. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo a produção de mudas de Libidibia ferrea em diferentes recipientes para avaliar a taxa de sobrevivência e a correlação entre o tamanho do recipiente com o crescimento inicial das mudas, seis meses após o plantio, em área de transição em Macaíba – RN. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, composto por quatro tratamentos, constituídos de 4 repetições, com 10 indivíduos cada, totalizando 40 mudas por tratamento e amplitude amostral igual a 160 indivíduos. Os recipientes testados foram sacos de polietileno, volume de 2700 cm³ (T1), 4825 cm³ (T2) e 6800 cm3 (T3) e tubetes (T4), volume de 50 cm³, totalizando apenas 864 m² de efetivo plantio, com espaçamento entre plantas de 3 m x 3 m. As variáveis avaliadas foram a porcentagem de sobreviência, a altura total (H) e o diâmetro do colo (DC). As mudas que foram produzidas em tubetes não resistiram ao processo de aclimatação e as que foram produzidas nos sacos plásticos com capacidade volumétrica igual a 2700 cm³, apresentaram apenas 40% de sobrevivência, enquanto que as mudas produzidas nos sacos plásticos com volume igual a 4825 e 6700 cm³, apresentaram taxa de sobrevivência igual a 100%. Aos 6 meses de idade, após o plantio, os valores médios de altura encontrados para a Libidibia ferrea, em função do recipiente em que as mudas foram produzidas, corresponderam a 0,07, 0,42 e 0,72 m, enquanto que os valores médios encontrados para o diâmetro do colo foram 0,73, 3,65 e 7,79 mm, respectivamente. As mudas de Libidibia ferrea produzidas em sacos plásticos com maior volume, apresentaram maior porcentagem de sobrevivência de indivíduos e crescimento biométrico, durante os seis meses de monitoramento do plantio. Os sacos plásticos médios (4825 cm³) apresentaram índices de sobrevivência aceitáveis à produção comercial de mudas. Contudo, os de maior dimensão (6800 cm³) abrigavam mudas mais vigorosas, destacando-se pelos maiores valores de diâmetro do coleto e de altura da plântula.