O solo é um recurso da superfície terrestre fundamental à vida, devido às diversas e importantes funções que exerce na natureza. Sistema de elevada complexidade e dinamicidade, o solo é resultado da interação entre a hidrosfera, biofesra, atmosfera e litosfera. Como resultado dessa interação, o indivíduo formado (solo) apresentará características que permitem separá-los em grupos distintos, com distintas características e potencialidades de uso. O estudo da morfologia do solo, feito em campo, é a base para classificação deste indivíduo, sendo baseado em análise de características morfológicas do solo, como espessura, profundidade e disposição de horizontes, cor, textura, estrutura, pegajosidade, plasticidade, porosidade, consistência. Contudo, a realização de análises físicas e químicas pode ser indispensável, quando se deseja realizar a classificação deste indivíduo. Classificação são esquemas organizados pelo homem com o objetivo de atender determinados objetivos, e é um procedimento como, apoiado na própria base da conservação da vida, e que estabelece relação com a forma de percepção do homem em relação ao meio e os elementos que o compõe. Sendo assim, a classificação do solo está fundamentada na premissa básica de existência de ordem na natureza. Este trabalho teve por objetivo realizar descrição morfológica e caracterização física e química de perfis de solo de uma topossequência na região Seridó do estado do Rio Grande do Norte, analisando potenciais e limitações, baseados nas características observadas nos exame dos perfis. Identificou-se que os solos estudados foram formados a partir Saprolitos de Gnaisse associados ao Pré-cambriano e período do Holoceno. Possuem drenagem que varia de Imperfeitamente Drenado (Planossolo) a Perfeitamente Drenado (Neossolo Flúvico). A região apresenta solos com elevado potencial para uso agrícola e pecuária. Contudo, há limitação em função da restrição hídrica.