A região semiárida se caracteriza por solos com baixa disponibilidade de nutrientes e elevadas concentrações salinas (ZANELLA, 2014). Isso pode configurar uma ameaça às comunidades microbianas, pois interfere na liberação de compostos solúveis e limita a capacidade metabólica dos microrganismos (FREITAS et al., 2007). No entanto, as actinobactérias constituem um dos maiores grupos microbianos e estão distribuídas nos mais diversos ecossistemas aquáticos e terrestres, de modo mais abundante em solos (SILVA et al., 2012). Além disso, essas bactérias se destacam pela diversidade enzimática, responsável pela disponibilização de nutrientes a partir da degradação de substratos complexos, porém, segundo Oshone; Mansour; Tisa (2013), situações de estresse, como a salinidade, afeta essas atividades enzimáticas. Assim, tendo em vista a disponibilidade de amido no solo e a influência do estresse salino sobre a atividade enzimática das actinobactérias do semiárido, esse trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de concentrações crescentes de cloreto de sódio (NaCl) na atividade amilolítica de cepas de actinobactérias isoladas de uma região do semiárido brasileiro. Nesse contexto, avaliou-se 18 cepas de actinobactérias que posuem atividade sinergística com de rizóbios, isoladas de amostras de solo do semiárido Nordestino Brasileiro. A atividade amilolítica das cepas foi analisada quanto ao efeito de diferentes concentrações salinas impostas. Constatou-se que em todos os testes as cepas apresentaram atividade enzimática mesmo sob estresse fisiológico; e a análise de regressão linear forneceu um gráfico que demonstrou os maiores índices enzimáticos na concentração de 2% de NaCl. Dessa forma, foi possível demonstrar que a atividade enzimática das actinobactérias não é prejudicada com a imposição de um estresse salino, característico de solos da região do semiárido.