Dado o crescente interesse mundial pelo semiárido do Nordeste brasileiro, bem como o reconhecimento sobre a valorização tida a partir da renovação das ideias sobre a importância do bioma Caatinga têm colocado cada vez mais em evidência regiões antes ignoradas ou que recebiam pouca atenção, entre elas a região do Xingó, situada no encontro dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Compreende 32 municípios, correspondendo a uma área de 40.293 km², que, ao ser cortada pelo rio São Francisco, confere-lhe uma unidade geográfica, ambiental, econômica e sócio-cultural única no Brasil. Grande parte da paisagem natural é composta por plantas que constituem a vegetação da caatinga, a chamada mata branca, estas apresentam características relacionadas à adaptação a deficiência hídrica, são plantas caducifólias, herbáceas anuais, suculentas, geralmente apresentam acúleos e espinhos. Os arbustos e árvores de pequeno porte são predominantes e a cobertura das copas é geralmente descontínua. Já o relevo da região de Xingó é formado, em sua maior parte, por tabuleiros (i.e.,depressão sertaneja de baixa altitude), os quais se encontram bruscamente com o rio São Francisco formando canyons escarpados, compondo uma rica beleza paisagística. Entre os atrativos turísticos da região destacam-se o rio São Francisco, popularmente chamado por “Velho Chico”, o lago de Xingó e as trilhas ecológicas que incluem sítios arqueológicos com pinturas rupestres, ou o contato com o passado um pouco mais recente através da rota do cangaço. O que nos leva a concluir que a região do Xingó tem desenvolvido seu potencial ecoturístico através do uso racional de seus recursos naturais únicos e que ao mesmo tempo surpreendem e encantam seus visitantes não só pela beleza de suas paisagens mas também por seu patrimônio histórico e cultural.