A dessorção é o processo em que o P não lábil passa para a fração lábil tornando-se disponível para a planta. A capacidade de sorção do solo faz com que o mesmo funcione como um estoque do elemento, evitando que todo o P se perca por lixiviação. O objetivo do trabalho foi avaliar o teor de fósforo adsorvido nos colóides do solo após o processo de lixiviação do solo realizado em colunas de solo, utilizando fitas de ferro. Amostras de solo de quatro propriedades de agricultura familiar, foram coletadas na profundidade de 10cm para quantificar o fósforo adsorvido após lixiviação de P. Confeccionou-se fitas impregnadas com ferro, cada fita possuía 6 cm por 1cm, para avaliar a dessorção de P. A adsorção do P foi determinada em 3g de solo acondicionado em tubos de centrífuga com 30 ml água deionizada e três fitas de papel filtro impregnadas com ferro, as fitas foram trocadas nos períodos de 0; 1; 7; 22; 28; 43; 48; 72; 88; 105 horas. As fitas impregnadas de ferro foram transferidas para tubos de centrífuga com 30 ml de solução sulfúrica (H2SO4) a 0,2 M. O fósforo presente na solução sulfúrica foi quantificado por meio de colorimetria. O maior tempo necessário para a adsorção do fósforo não lábil para o P lábil, refere-se ao tempo que a planta necessitaria para absorver o nutriente que estava adsorvido nos colóides do solo, ocasionando assim danos aos vegetais, que sofreram distúrbios fisiológicos em decorrência da deficiência desse elemento. Todas as amostras apresentaram a mesma tendência de acúmulo de fósforo e a dessorção máxima ocorreu após as 40 horas. Apenas a amostra 4 que possuía teores medianos de óxidos de Fe e Al (0,287 mg kg-¹ Feox e 0,316 mg kg-¹ Alox) apresentou um menor acúmulo de fósforo quando comparado as demais áreas.