Solos do semiárido exibem características químicas peculiares, com potencialidades e limitações que devem ser devidamente observadas no momento de escolha de atividade agropecuária, afim de melhor aproveitamento de seus recursos, o que permite a manutenção dos agroecossistemas. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os atributos químicos do solo em distintas classes, sob diferentes usos em municípios do Oeste Potiguar, visando identificar as principais particularidades, potencialidades e ou as limitações químicas, fundamental para orientar os agricultores quanto à utilização correta do solo, seja para agricultura, pecuária ou áreas de preservação permanente, levando em consideração suas particularidades químicas locais. A pesquisa foi realizada em três municípios do RN: Mossoró, (Gleissolo Sálico), Umarizal (Planossolo Nátrico) Governador Dix-Sept Rosado (Latossolo e Cambissolo). Foram abertos três perfis e as amostras de solo coletadas e encaminhadas para laboratório para análise química completa. As limitações químicas presentes no GLEISSOLO SÁLICO e PLANOSSOLO NÁTRICO, tais como elevada concentração de sais solúveis, baixa CTC (capacidade de troca catiônica) e aumento de PST (porcentagem de sódio trocável) em profundidade restringirem severamente o desenvolvimento da maioria das culturas, direcionando seus usos como áreas de preservação permanente ou pecuária extensiva. O Latossolo apesar de ter fertilidade natural baixa, pode ser corrigida pela aplicação de calcário, tornando-o ideal para atividade agrícola com culturas perenes. O Cambissolo apresentou as melhores características químicas, com bons teores de Fósforo, Cálcio, Magnésio e Potássio, sem influência de sódio com variações de pH próximas do ideal para as culturas, entre 6,3 e 6,5, sendo o mais indicado para o uso na agricultura com culturas de ciclo curto.