O processo de territorialização implica na reorientação de saberes e práticas no campo da saúde, que envolve desterritorializar os atuais saberes hegemônicos e práticas vigentes e consolidar o processo de planejamento em saúde. O SUS se organiza a partir de uma base territorial e considera a territorialização como uma estratégia operacional que é inserida na ESF juntamente com a vigilância com o intuito de traçar metas e intervenções para efetivar as ações em saúde. Nessa perspectiva, a pesquisa apresenta como objetivo geral discutir a territorialização na atenção primária em saúde enquanto fundamento teórico, conceitual e metodológico no reconhecimento/identificação das necessidades sociais e de saúde. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa de literatura que será conduzida pela abordagem qualitativa, para a seleção dos artigos realizou-se a busca nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) LILACS (Sistema Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) e BVS ( Biblioteca Virtual em Saúde) Foram selecionados 10 artigos e lidos na íntegra e agrupados em quadro sinóptico, no qual puderam ser comparados e analisados detalhadamente quanto ao questionamento proposto, para posterior discussão. Para tanto, foi observado diante os estudos analisados que ao desnaturalizar a noção de território, excluindo sua condição que abrange um espaço complexos de dinâmicas sociais, estamos desprovido os atores sociais de seu empoderamento, dessa forma, percebe-se a necessidade de constituirmos as temporalidades e movimentos que circundam os territórios em saúde.