A cultura da cana-de-açúcar tem um grande potencial energético e mediante a iminente escassez de petróleo, muitos estudiosos apontam que a biomassa da cana-de-açúcar poderá ser uma grande fonte de energia capaz de gerar combustíveis renováveis e sustentáveis. O uso do biossólido gerado nas estações de efluentes (ETE) das indústrias para a fertilização é uma alternativa interessante por possuir em suas características alta disponibilidade de nitrogênio e de outros nutrientes. O etanol obtido do caldo da cana-de-açúcar é, até o momento, o único combustível com capacidade de atender à crescente demanda por energia renovável de baixo custo com baixo poder poluente. É importante destacar que a maior parte das emissões do etanol pode ser reabsorvida pela própria cana-de-açúcar no próximo ciclo agrícola, reafirmando o conceito renovável do biocombustível. O etanol de segunda geração, o qual é produzido a partir da palha e bagaço da cana-de-açúcar possui as mesmas vantagens do etanol de primeira, acrescido do fato de que com ele é possível aproveitar de maneira efetiva toda matéria da cana-de-açúcar. As análises do presente estudo foram realizadas pelo laboratório sucroalcooleiro do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional da UFPB. O material da pesquisa foi plantado na zona rural do município de Pedras de Fogo – PB, sendo a variedade escolhida a RB 92579, a qual se adapta melhor ao clima da região. Os resultados indicam que a cana-de-açúcar na qual foi utilizado o biossólido como fertilizante obteve melhores resultados quando comparada ao fertilizante comercial.