Calotropis procera é uma espécie perene e xerófila com potencial de cultivo para produção de forragem no Semiárido brasileiro, principalmente, em virtude de sua resistência a seca. Sendo assim, objetivou-se com esta pesquisa avaliar a composição bromatológica de acessos de C. procera. Realizou-se o cultivo de 70 acessos de C. procera oriundos da região Nordeste do Brasil, pertencente a coleção de germoplasma do Instituto Nacional do Semiárido (INSA). O experimento foi instalado em casa de vegetação no INSA, em Campina Grande – PB, entre janeiro e maio de 2016. As plantas foram cultivadas em vasos plásticos preenchidos com solo e procedeu-se o corte das plantas aos 120 dias após a semeadura (DAS). Inicialmente obtiveram-se as seguintes características de produção: massa verde do caule (MVC), massa verde da folha (MVF), massa verde total (MVT), massa seca do caule (MSC), massa seca da folha (MSF) e massa seca total (MST). Realizou-se análise bromatológica no laboratório de análise de alimentos da Universidade Federal da Paraíba, Areia-PB, e determinaram-se os teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). Além disso, estimaram-se a porcentagem de carboidratos totais (CHOT) e carboidratos não fibrosos (CNF). C. procera possui potencial para produção de forragem. Entretanto, recomenda-se a realização de novas pesquisas com os acessos da coleção de germoplasma, no sentido de avaliar o teor de metabólitos secundários. Existe variabilidade genética entre os acessos de C. procera com base na composição bromatológica. Recomenda-se a seleção e cultivo de materiais superiores para compor futuros estudos no programa de melhoramento genético da espécie para produção de forragem.