O texto tem a intenção de evidenciar um debate contemporâneo acerca da temática da água e os conflitos sócio-políticos na região nordeste, caracterizados pela indústria da seca. As discussões aqui apontadas estão sinalizadas marcadas por um processo sócio histórico numa dimensão hegemônica e colonizadora em que a região nordeste foi constituída. Expõe nessa perspectiva os cenários de desigualdade presentes na relação existente entre o desenvolvimento de políticas excludentes e que marginalizam as famílias e comunidades no tocante ao acesso a água e as utiliza como moeda de troca num processo eleitoreiro. Em contrapartida o texto faz um debate ou aproximação com as ações de movimentos sociais e de organizações não governamentais que fazem um trajeto contrário a produção da indústria da seca, sendo este elemento de tensionamento e divergência para se discutir como na atualidade se pautam as políticas de acesso água em meio ao cenário de crise apresentando política e socialmente, reforçado pela difusão de tecnologias alternativas de captação de água como eixo desencadeador de políticas públicas. Como resultados prévios o texto evidencia avanços na construção de que se faz necessário para o nordeste o fortalecimento de ações vinculadas políticas públicas e a desconstrução de uma perspectiva assistencialista que aprisiona ao invés de dar condição de vida aos nordestinos, fazendo referência ao que apontara Dom José Rodrigues “ No Nordeste não falta água, falta justiça”.
; ; ; ; ; Gestão Socioambiental.