No mundo capitalista globalizado, os valores fundamentais e princípios econômicos estão intrinsicamente ligados às ações antrópicas e ao consumismo, repercutindo em diversos problemas ao meio ambiente, como a geração de resíduos, que inevitavelmente compromete a qualidade de vida dos envolvidos e o desequilíbrio do ecossistema, independente do porte das cidades.
Neste cenário em que as relação homem e a natureza, muitas problemas ambientais, estão crescendo e impactando o ambiente e a qualidade de vida das pessoas, dentre os resíduos mais comuns está o óleo residual, que produz danos ao meio ambiente se jogado pelo ralo da pia, pois provoca o entupimento das tubulações nas redes de esgoto, aumentando em até 45% os seus custos de tratamento e atinge o leito de rios o impermeabiliza, favorecendo enchentes (FELIZARDO, 2003).
Objetivando diminuir os impactos ambientais com comportamentos adequados, Pitta Junior et al (2009), discursa que o óleo de cozinha usado, pode servir como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, tais como biodiesel, tintas, óleos para engrenagens, sabão, detergentes, entre outros; corroborado por Reis et al. (2007), óleo de cozinha usado retornado a produção, além de evitar a degradação do meio ambiente e os consequentes custos socioeconômicos, também cumpre o papel de evitar o gasto de recursos escassos, tais como os ambientais, humanos, financeiros e econômicos – terra, agua, fertilizantes, defensivos agrícolas, maquinário, combustível, mão de obra, financiamento bancário, fator tempo, entre outros.
Dentre esses impactos, a geração avassaladora de resíduos começa a fazer parte da consciência pública, necessitando investir em pesquisas cientificas e inovações tecnológicas, com a finalidade de criar meios de conter com a crise ambiental dos resíduos, a exemplo do óleo residual, que quando descartado indevidamente é altamente poluidor e oneroso no tratamento de água, em novos produtos, aplicando efetivamente um dos segmentos dos 3Rs (Redução, Reutilização e Reciclagem), contribuindo com a mitigação dos problemas socioambientais e fomentando o desenvolvimento sustentável, em regiões marginalizadas das reais oportunidades de crescimento.
Esta pesquisa tem como objeto, monitorar em um município que afetado pela seca do nordeste, em decorrência da estiagem pluviométrica, o racionamento hídrico e o isolamento geográfico e territorial, sobre o consumo de óleo residual nos empreendimentos comerciais e como são as práticas de descarte, para que através dos dados levantados, estes podem ser considerados inéditos e pioneiros pela ausência de literatura sobre a temática na região, irão fundamentar a elaboração de estratégias para a gestão ambiental e evitar a contaminação da água advinda da transposição do Rio São Francisco, recém chegada nas casas dos moradores, e ainda proporcionar à comunidade vulnerável, alternativas e oportunidades do empreendedorismo verde e inovador.