Ao longo da história do planeta Terra, várias alterações no clima já ocorreram, sendo longos períodos estáveis seguidos por glaciações, e estas, por conseguinte, efeito-estufas, causando até desertificações em amplas áreas continentais. Os sistemas agrícolas são mais vulneráveis às mudanças climáticas devido à sensibilidade as variações do clima, a capacidade de adaptação e ao grau de exposição aos riscos climáticos. Assim, produtores agrícolas de diversas partes do mundo têm que se adaptar para que os sistemas de produção alimentar não sejam profundamente afetados. O objetivo desse trabalho foi avaliar como agricultores do Assentamento Boa Fé (Mossoró-RN) vem se adaptando à variabilidade climática, dando ênfase em estratégias adaptativas de convivência com a seca. Para tanto foram empregadas entrevistas semiestruturadas com questões acerca de estratégias adaptativas utilizadas na produção. Para a análise quantitativa dos dados utilizou-se o Índice de Capacidade de Adaptação. Como resultados verificou-se que apesar de ter apresentado um alto grau de capacidade adaptativa, existem diferenças de utilização das estratégias informadas por parte dos agricultores, demonstrando que as mesmas podem estar baseadas em decisões individuais e não em nível de coletivo, e que o conhecimento de uma determinada estratégia é inversamente proporcional a sua utilização.