Com a transição demográfica do Brasil a população idosa se ampliou valorizando a tradicionalidade do uso de plantas medicinais como alternativa terapêutica. A OMS afirma que cerca de 80% da população mundial faz uso de plantas medicinais e fitoterápicos², preocupando a concepção “se é natural não faz mal”, em virtude da maior parcela a fazer uso dessas práticas serem os idosos, visto que com o envelhecimento a fisiologia do corpo muda, podendo haver aparecimento de doenças crônicas, e assim, a utilização da polifarmácia, que junto as várias substâncias presentes nas plantas medicinais, podem levar a interações medicamentosas. Problemas como, toxicidade, ineficácia e efeitos indesejáveis também podem ser vistos em decorrência do uso indiscriminado de preparações e identificações errôneas. Portanto o objetivo do presente trabalho é demonstrar a importância do uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos por idosos, para isso foi realizada uma revisão da literatura, utilizando as bases de dados, Scielo, Google Scholar, Periódicos Capes, Lilacs e Redalyc. Foram encontrados 24 trabalhos e usados 15. Sendo estabelecidos como critérios de inclusão artigos em português, que abordassem o uso de fitoterápicos e plantas medicinais por idosos e/ou interações com medicamentos alopáticos. Os descritores utilizados foram, fitoterápicos, idosos e plantas medicinais. O grande conhecimento cultural sobre o uso de plantas, o fácil acesso e menor custo, contribui ao aumento do uso, além disso, os medicamentos utilizados na prática clínica convencional apresentam desvantagens como dificuldades de aquisição, elevado valor e efeitos adversos. Um problema comumente observado é a não notificação do uso de plantas medicinais ao médico ou farmacêutico, a fim de que estes avaliem se está ocorrendo o uso racional dessa prática, desde a obtenção do material vegetal até seu preparo. Na fitoterapia um conjunto de substâncias, os metabólitos secundários, é que são responsáveis pelo efeito terapêutico, e nem todas essas substâncias são identificadas, não tendo a comprovação de sua eficácia e segurança. Além disso as plantas podem se opor ou cortar o efeito de medicamentos, interagindo com esses. Como também algumas tem propriedades de alterar glicemia e pressão podendo descompensar esses parâmetros. Foi observado que as mulheres são as que mais utilizam essa prática, e que as plantas medicinais não são empregadas apenas como remédio, mas também como alimento, sendo na maioria das vezes o cultivo e aquisição realizados em casa. É vislumbrado que os idosos se identificam com as plantas por as conhecerem, e pela tradicionalidade de seu uso. Por isso é importante que os profissionais de saúde tenham conhecimento sobre o assunto, assim como serem capacitados quanto ao uso dessa prática. Viabilizando a efetividade, segurança e eficácia, bem como o uso racional por meio de informações, promovendo uma ligação entre o conhecimento popular e científico de modo a valorizar a cultura a diversidade do país e pesquisas nessa área.