A crescente visibilidade da fitoterapia tem levantado reflexões sobre formas de inserir essa prática terapêutica na Atenção Primária. A utilização de fitoterápicos e/ou plantas medicinais é uma técnica de uso popular que possui uma história de longa data, seus hábitos estão presentes no cotidiano desde o início das civilizações. Essa forma de terapia complementar em saúde tem mostrado bastante potencial para atuar nas Políticas de Atenção Primária, sua prática garante benefícios econômicos, sendo uma terapêutica de baixo custo, assim como a grande biodiversidade que possui a vegetação brasileira. Sabendo que as práticas de promoção e prevenção visam o contato direto da população com estratégias em saúde, faz-se necessário frisar o papel do ACS (Agente Comunitário de Saúde) nesse processo como orientador dessa técnica terapêutica. Apesar de estar presente na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS, ainda se vê carências de medidas de intervenção para a propagação e efetivação dessa prática no setor de Atenção Básica do país. Com isso o presente estudo propõe pensar na legitimação dessa técnica terapêutica como possibilidades para promoção e uso seguro de plantas medicinais e/ou fitoterápicos, levantando questões a respeito da utilização popular, e também reflexões sobre a figura do ACS como principal fonte de propagação do uso racional, sendo uma forma de efetivar uma das mais importantes diretrizes da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, através da capacitação dos profissionais citados. Para realização da pesquisa de cunho qualitativo, foram utilizadas as bases de dados eletrônicos: Scielo, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e o portal da CAPES. Em seguida, propõem-se discussões acerca dos resultados da revisão integrativa, bem como a conclusão baseada nas questões e reflexões levantadas pelo estudo.