INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio crônico e progressivo, caracterizado pela degeneração de neurônios dopaminérgicos da substância negra mesencefálica. O processo degenerativo no sistema nigroestriatal pode explicar uma série de sintomas e sinais não motores, como a depressão. OBJETIVO: Avaliar a relação existente entre a progressão da doença com os sintomas depressivos de seus portadores. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, exploratório de caráter descritivo. A amostra foi composta por 30 usuários com Doença de Parkinson da rede pública de saúde, entre os estágios 1 e 5 de Hoehn e Yahr atendidos pelas UBSFs da cidade de Campina Grande-PB. Foi utilizado o método de correlação entre a escala de Beck e Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS). O programa estatístico usado para a análise dos dados foi o Graph Pad Prism versão 4.0, sendo expressos os valores da média, desvio padrão da média e porcentagem. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UEPB, sob Nº. 0709.0.133.000-11. RESULTADOS: Houve predominância do gênero masculino (56,6%), com idades entre 44 e 84 anos, média de 71,1 ± 9,0 anos. A escala de Beck e a UPDRS mostraram médias de 13,1(depressão leve a moderada) e 52,4 (34,02%) com desvio padrão de 6,6 e 21,3 respectivamente. A média de gravidade da UPDRS mostrou que a amostra necessita de esforço extra para realizar as AVDs, e mesmo quando consegue iniciá-las a ajuda de terceiros ainda é muito necessária. A correlação de Spearman demonstrou correlação positiva e fraca com alteração significativa (r = 0,43 e p = 0,01). CONCLUSÃO: A gravidade da progressão da doença foi maior no grupo com depressão, mostrando que os sinais apresentados na DP podem estar relacionados com os sintomas depressivos.