O processo de envelhecimento tem preocupado a humanidade desde o inicio da civilização. Percebe-se que poucos problemas têm merecido tanta atenção e preocupação do homem como o envelhecimento e a incapacidade funcional relacionada a esse processo. A boa funcionalidade cognitiva de idosos é considerada um indício importante de envelhecimento ativo e longevidade. Durante o processo de envelhecimento, os idosos apresentam maior vulnerabilidade a doenças e uma parcela significativa é acometida por alterações cognitivas esperadas para faixa etária. Essas alterações variam em sua forma e intensidade de individuo para individuo, devido as diferenças no estilo de vida, condições de saúde, alimentação, prática de atividades físicas, entre outros fatores. A manutenção da cognição é importante para a promoção da independência e autonomia do idoso, dessa forma estudos sobre treino cognitivo mostram que a plasticidade cognitiva permanece no envelhecimento. Ainda sobre o treino cognitivo é importante ressaltar que com o aumento do desempenho e habilidades cognitivas este tipo de estratégia pode influenciar na qualidade de vida dos idosos contribuindo para uma velhice bem-sucedida. Deste modo, o presente estudo objetiva analisar como o treino cognitivo influencia na autonomia dos idosos. Foi realizada uma revisão sistemática, do tipo meta-análise, a respeito do treino cognitivo e treino de memória em idosos saudáveis. Para tanto foi feita uma busca na base de pesquisa Scielo, com as seguintes restrições: idiomas português, ano de publicação superior a 2008 e pesquisas realizada com idosos saudáveis. Os artigos foram então analisados quanto à qualidade metodológica, considerando-se os seguintes itens: hipóteses ou objetivos claramente descritos; desfecho claramente descrito na introdução ou metodologia e características dos participantes incluídos. A busca bibliográfica, segundo a estratégia estabelecida, resultou em 6 artigos No entanto, apenas cinco foram selecionados, segundo os critérios pré-estabelecidos. Os cinco artigos analisados eram provenientes dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, sendo dois da USP Universidade de São Paulo. Observou-se que em todos os artigos a pesquisa referencia um estudo realizado por Yassuda et al. (2006). Como resultado do treino cognitivo para idosos o resultado apresenta-se positivo tanto nas tarefas de atenção, cálculo e memória quanto nas tarefas de vida diária, pois com o envelhecimento algumas habilidades cognitivas tendem a sofrer um declínio, por isso a manutenção da cognição é importante para a promoção da independência e autonomia do idoso. Portanto, considerando o estudo é possível destacar a importância do tema referente às intervenções cognitivas para o campo da Gerontologia, visto que o bom funcionamento cognitivo está diretamente relacionado à autonomia do idoso.