A fitoterapia é considerada uma alternativa terapêutica eficiente e uma das práticas complementares mais usadas pela população, baseada no uso de plantas medicinais para fins terapêuticos. O Brasil apresenta uma grande diversidade de vegetais ocasionando, muitas vezes, no uso errado destes. O projeto Farmácias Vivas foi criado com o objetivo de oferecer a população acesso seguro as plantas e medicamentos fitoterápicos promovendo o uso racional através da capacitação de profissionais e treinamento da população, a fim de fortalecer o conhecimento popular através do embasamento científico. O objetivo desse trabalho foi verificar a contribuição do projeto Farmácias Vivas no uso da fitoterapia na atenção básica de saúde. Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando as seguintes bases de dados: Science Direct, Periódicos Capes, Medline e Lilacs, utilizando os descritores: fitoterapia, atenção primária à saúde, terapias complementares e plantas medicinais, e os respectivos termos em inglês cruzando com o operador booleano AND. Dos 311 artigos encontrados, foram utilizados 23, datados dos últimos 10 anos, em português e inglês. Nos municípios em que foi implantado o programa Farmácias Vivas houve uma grande aceitação da fitoterapia por parte dos profissionais de saúde e da população, principalmente entre as mais carentes, resultando em um aumento no uso das plantas medicinais e fitoterápicos devido ao baixo custo desses medicamentos quando comparado com os alopáticos convencionais. Como também foi verificado uma ampliação no acesso aos serviços de saúde e as práticas alternativas, resultando em tratamentos eficazes e seguros. Ademais, a implantação de programas fitoterápicos contribuiu para a geração de emprego e renda e despertou o interesse de vários outros gestores municipais, visto que a atenção primaria é a porta de entrada dos pacientes nos serviços de saúde. Um dos dificultadores para a implantação das farmácias vivas é a falta de interesse dos sistemas governamentais em implantar novos programas que incentivem a população e médicos a utilizarem plantas medicinais. Tendo em vista a situação do sistema de saúde do Brasil atualmente seria de grande importância priorizar esse tipo de política para que haja desenvolvimento de programas fitoterápicos na atenção básica ampliando ainda mais o acesso à população.