A Shantala é reconhecida como uma técnica de massagem que surgiu na Índia e é propagada através de milênios pelos habitantes do país, sendo introduzida no ocidente pelo médico obstetra Frédérick Leboyer. A técnica propicia um caminho complementar e indispensável de intimidade e comunicação entre o binômio mãe-bebê/pai-bebê. O estudo objetivou relatar a experiência vivenciada por um discente de enfermagem durante suas práticas clínicas. O presente estudo trata-se de um relato de experiência onde foi vivenciada a aplicação e aceitação da Shantala em uma Unidade Básica de Saúde no interior de Pernambuco durante uma prática clínica por discentes do sexto módulo de Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior. Para a aplicação da técnica, preparei o ambiente afim de que as mães pudessem estar confortáveis no espaço, desta forma, as mesmas começaram a interagir melhor com seus filhos. No decorrer do momento da aplicação da terapia consegui perceber que as mães que ainda se encontravam desmotivadas começaram a serem mais participativas após a explicação das vantagens proporcionada pela massagem para o desenvolvimento infantil, como também para o vínculo da criança com os responsáveis que a executam. Progressivamente os primeiros resultados da aplicação da terapia, com as crianças começam a ser perceptíveis, de forma que as mesmas apresentavam-se mais tranquilas e concentradas, enquanto as mães transcreviam o momento como sinônimo de conforto, equilíbrio e paz. No fim, elas expressavam o quão necessário foi adquirir prática e conhecimento sobre a Shantala, enfocando os benefícios neuropsicomotor proporcionado pela mesma. Em suma, compreendi que assim como outras práticas integrativas e complementares a Shantala atua no cuidado holístico e centrado no usuário, sendo perceptível que a massagem age diretamente nos aspectos afetivo e comportamental das crianças e das mães, fortalecendo o elo parental.