INTRODUÇÃO
Alguns tratamentos têm recebido destaque por se mostrarem promissores na recuperação, proteção, manutenção e promoção da saúde, tais como a utilização de fitoterápicos. Dentre esses ativos, o Astragalus membranaceus se destaca há anos, pelo uso tradicional na medicina oriental e por suas propriedades imunomoduladoras, aumentando a resistência e adaptação imunológica que permeia a maioria dos processos psiconeuroimunológicos de adoecimento, justificando, assim esse trabalho com objetivo de reunir informações e compartilhar conhecimentos internacionais ainda pouco difundidos na língua portuguesa. METODOLOGIA: A metodologia utilizada foi a Revisão Integrativa utilizando os termos “astragalus membranaceus”, “clinic”, “terapeutic” selecionando os estudos com impacto na pratica clinica da fitoterapia, sendo excluídos os artigos que não se referiam ao uso terapêutico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O uso medicinal do gênero Astragalus é muito antigo, são encontrados registros de mais de 1000 anos de uso como planta terapêutica em vários países da Europa e Ásia, especialmente na medicina oriental.O Astragalus membranaceus têm sido estudados in vitro e in vivo em diversos sistemas. No sistema de defesa melhora a efetividade da Natural Killer (NK) por estimular a produção de interferon no sistema, diminui as reincidias por vírus oportunistas como os herpes-zoster virus, diminui a polarização Th1/Th2, aumentando ainda diferenciação para Treg, tendo efeito antiasmático, aumento da tolerância alergica e melhora a tolerância à transplantes. No sistema endócrino diminui resistência a insulina e aumenta a mobilização do GLUT4 para a membrana, aumenta o hormônio do crescimento circulante. No Sistema Nervoso os astragalosídeos IV interferem nos mecanismos dopaminérgicos, o A. membranaceus também contém ácido gama-aminobutírico (GABA) estimulando, a depender da dose, o tônus inibitório dos nervos inibitórios periféricos ligados, tais como os simpáticos e parassimpáticos relacionados às vísceras No sistema cardiovascular o astrágalo tem efeito cardiotônico, anti-ateroesclerótico por atuar sobre moléculas de adesão, hipotensor leve por estimular a produção de oxido nítrico, e atua como antioxidante, protegendo o endotélio, inclusive na resiliência e recuperação de acidentes vasculares complementar a outras técnicas como a reabilitação fisioterapêutica. No sistema excretor protege o tecido renal na insuficiência renal crônica até estágio III, na nefropatia diabética. No sistema gastrointestinal é um protetor hepático.Além de atuar diretamente nos sistemas, o extrato das raízes de A. membranaceus atua na modulação epigenômica melhorando a habilidade de reparação de DNA e aumenta expressão genética de óxido nítrico sintetase em macrófagos, de GLUT4, de telomerase, aumentando o tamanho dos telômeros o que pode interferir no processo de senescência, efeito este observado em especial pelo principio ativo Cycloastragenol. CONCLUSÕES: A presente revisão traz para o Brasil vasto conteúdo internacional sobre os estudos terapêuticos da planta A. membranaceus e vislumbra um potencial terapêutico como complementar aos tratamentos convencionais visando a melhoria na eficiência terapêutica médica e nutricional e pode também ser utilizado para minimizar de efeitos colaterais de outras drogas hepatotóxicas.