Artigo Anais I CONGREPICS

ANAIS de Evento

ISSN: 2594-8334

O USO DE PRATICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA O TRATAMENTO DE SÍNDROME DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO PELAS FORÇAS ARMADAS: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Palavra-chaves: "COMPLEMENTARY AND ALTERNATIVE MEDICINE", "POS TRAUMATIC STRESS DISEASE", MILITARY Pôster (PO) - Resumo Simples ET-04: Pesquisa e produção do conhecimento em PICS
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      O uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) pelas Forças Armadas teve início na década de 1970 nos Estados Unidos com vistas a cuidar do grande número de veteranos que desenvolvem sintomas associados a Síndrome do Estresse Pós-Traumático (SEPT). No Brasil essa aproximação se deu oficialmente em 2009, com a publicação da Portaria NR 07/DGP, das Normas Reguladoras do Exercício da Acupuntura no Âmbito do Serviço de Saúde do Exército. \r\n
      O objetivo do trabalho é analisar o uso de PICS para o tratamento da SEPT pelas Forças Armadas. Foram realizadas revisão sistemática da literatura indexada nas bases de dados: BVS, PubMED, Scopus, Web of Science e Embase, utilizando os unitermos: “complementary and alternative medicine”, “pos traumatic stress disease” e “military”. \r\n
      Foram identificados 48 artigos, no período entre 2008 e 2017, publicados nas linguas inglesa (46) e espanhola (2). Não há artigo indexado sobre o uso de PICS por militares no Brasil e foi observado que a maior parte das pesquisas que resultaram nas publicações foi desenvolvida nos Estados Unidos. O aumento do uso de PICS para o cuidado SEPT em militares se deu devido ao impacto que os sintomas crônicos exercem na vida dos adoecidos e seus familiares e também à insatisfação diante do uso excessivo de medicações psicoativas preconizado pelo cuidado biomédico. Em 2003 foi constatado que algumas populações militares utilizavam 5,5 a 8% mais PICS do que populações civis e em 2015 o Departamento de Defesa Norte Americano confirmou que a partir do ano de 2000 ocorreu o aumento continuo do uso de PICS no campo militar. A metade dos artigos encontrados  discutem o uso das PICS sem especificar a técnica utilizada, tomando-a como um cuidado alternativo homogênio. A outra metade identifica entre as PICS a Medicina Tradicional Chinesa como a mais utilizada com oito artigos. Em segundo lugar destaca-se a Ioga com  cinco artigos que discutem seu uso sem especificar a origem de sua tradiçao, e em terceiro lugar três artigos sobre o uso de Mindfullness.  \r\n
      O uso de PICS pelos setores militares começou pela  intensa ocorrência de guerras e violência que produzem o conjunto de sintomas difusos da SEPT. Através dessa inserção, a cultura do uso de PICS por militares foi instituida e promove hoje sua expansão como resposta ao reducionismo imposto pelo cuidado biomédico, que preconiza especialmente a utilização de drogas psicoativas com o objetivo de reduzir os sintomas sem atuar nas causas da SEPT.
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      O objetivo do trabalho é analisar o uso de PICS para o tratamento da SEPT pelas Forças Armadas. Foram realizadas revisão sistemática da literatura indexada nas bases de dados: BVS, PubMED, Scopus, Web of Science e Embase, utilizando os unitermos: “complementary and alternative medicine”, “pos traumatic stress disease” e “military”. \r\n
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      O uso de PICS pelos setores militares começou pela  intensa ocorrência de guerras e violência que produzem o conjunto de sintomas difusos da SEPT. Através dessa inserção, a cultura do uso de PICS por militares foi instituida e promove hoje sua expansão como resposta ao reducionismo imposto pelo cuidado biomédico, que preconiza especialmente a utilização de drogas psicoativas com o objetivo de reduzir os sintomas sem atuar nas causas da SEPT.
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Publicado em 18 de dezembro de 2017

Resumo

O uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) pelas Forças Armadas teve início na década de 1970 nos Estados Unidos com vistas a cuidar do grande número de veteranos que desenvolvem sintomas associados a Síndrome do Estresse Pós-Traumático (SEPT). No Brasil essa aproximação se deu oficialmente em 2009, com a publicação da Portaria NR 07/DGP, das Normas Reguladoras do Exercício da Acupuntura no Âmbito do Serviço de Saúde do Exército. O objetivo do trabalho é analisar o uso de PICS para o tratamento da SEPT pelas Forças Armadas. Foram realizadas revisão sistemática da literatura indexada nas bases de dados: BVS, PubMED, Scopus, Web of Science e Embase, utilizando os unitermos: “complementary and alternative medicine”, “pos traumatic stress disease” e “military”. Foram identificados 48 artigos, no período entre 2008 e 2017, publicados nas linguas inglesa (46) e espanhola (2). Não há artigo indexado sobre o uso de PICS por militares no Brasil e foi observado que a maior parte das pesquisas que resultaram nas publicações foi desenvolvida nos Estados Unidos. O aumento do uso de PICS para o cuidado SEPT em militares se deu devido ao impacto que os sintomas crônicos exercem na vida dos adoecidos e seus familiares e também à insatisfação diante do uso excessivo de medicações psicoativas preconizado pelo cuidado biomédico. Em 2003 foi constatado que algumas populações militares utilizavam 5,5 a 8% mais PICS do que populações civis e em 2015 o Departamento de Defesa Norte Americano confirmou que a partir do ano de 2000 ocorreu o aumento continuo do uso de PICS no campo militar. A metade dos artigos encontrados discutem o uso das PICS sem especificar a técnica utilizada, tomando-a como um cuidado alternativo homogênio. A outra metade identifica entre as PICS a Medicina Tradicional Chinesa como a mais utilizada com oito artigos. Em segundo lugar destaca-se a Ioga com cinco artigos que discutem seu uso sem especificar a origem de sua tradiçao, e em terceiro lugar três artigos sobre o uso de Mindfullness. O uso de PICS pelos setores militares começou pela intensa ocorrência de guerras e violência que produzem o conjunto de sintomas difusos da SEPT. Através dessa inserção, a cultura do uso de PICS por militares foi instituida e promove hoje sua expansão como resposta ao reducionismo imposto pelo cuidado biomédico, que preconiza especialmente a utilização de drogas psicoativas com o objetivo de reduzir os sintomas sem atuar nas causas da SEPT.

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