Introdução: o processo de humanização na assistência em saúde foi organizado a partir da normatização da Política Nacional de Humanização, que visa pôr em prática princípios do Sus no cotidiano dos profissionais de saúde. Nesse processo de mudanças foi necessário a incorporação de ações desde o processo de formação de profissionais de saúde para viabilizar uma assistência humanizada. Para tanto, imprescindível, incluir dentro da estrutura curricular das universidades, disciplinas que possam abrir o leque de possiblidades para viabilizar a reflexão e práticas que farão parte da assistência desses profissionais. Em busca de um cuidado holístico, sistêmico e interdisciplinar, na formação profissional, este relato tem como objetivo analisar a contribuição da disciplina Espiritualidade em Saúde e Práticas Integrativas e Complementares para a humanização da assistência profissional em saúde. Método: trata-se de um Relato de Experiência, ocorrido na Universidade Federal de Pernambuco, durante a disciplina da Pós-Graduação do Departamento de Enfermagem, considerada eletiva para os discentes, intitulada como Espiritualidade em saúde e práticas integrativas e complementares na enfermagem/saúde. A disciplina foi cursada pelos discentes do referido programa, no segundo semestre de 2016, constituída de momentos teóricos e práticos. Os instrumentos de coleta de dados envolveram as observações sistemáticas e um diário de campo Resultados e Discussões: a partir das experiências vivenciadas em sala de aula, diversas Pics foram discutidas e problematizadas, por meio das metodologias ativas do aprendizado. Para tanto, foram abordados temas como: plantas medicinais; Reiki; acupuntura; yoga; espiritualidade, sempre inter-relacionados com a assistência à saúde e seu impacto positivo no cuidado. Nessa perceptiva, as aulas se caracterizaram por momentos dinâmicos com espaços de discussões e relatos acerca das experiências vivenciadas na área da espiritualidade e das práticas integrativas e complementares na saúde, para que os discentes pudessem refletir sobre a importância disto para a formação profissional, além de problematizar questões referentes as diversas dimensões que envolvem a prestação de cuidados a fim de garantir a integralidade do ser humano. Os estudos dos temas que envolvem a espiritualidade na saúde têm ganho espaço nas produções cientificas, nas últimas décadas, que avaliam como as terapias alternativas/complementares permitem acesso privilegiado a espiritualidade dos usuários, deixando de ser um objeto de investigação para tornar-se uma recomendação. A partir do conhecimento das Pics foi possível problematizar sobre as ações humanizadoras no cuidado. Por humanização, entende-se o reconhecimento e o valor destinado aos saberes e as práticas dos diferentes atores envolvidos na produção de saúde, que implicam no favorecimento da autonomia e do protagonismo dos sujeitos, assim como a corresponsabilidade entre eles. Dessa forma, entende-se que as Pic e a humanização convergem para a implantação de mudanças no processo de trabalho e na forma de abordagem dos profissionais. Conclusões: A disciplina Espiritualidade em saúde e práticas integrativas e complementares na enfermagem/saúde, possibilitou a ampliação e construção do conhecimento de que as Pics estão sendo cada vez mais procuradas e difundidas no campo da saúde, devido ao seu caráter humanizador