Os sintomas provenientes de lesões osteomusculares em profissionais de saúde causam grande impacto na qualidade de vida do trabalhador. As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) possuem grande potencial terapêutico para distúrbios osteomusculares. A Nova Craniopuntura de Yamamoto (YNSA) é uma técnica criada pelo Dr. Toshikatsu Yamamoto e sua aplicação demonstra-se eficaz, principalmente para dor. Sua ação se dá através da puntura no crânio que estimulam áreas reflexas do corpo. Objetivo: analisar a evolução da percepção da dor durante o tratamento; correlacionar a evolução desta dor com a qualidade de vida dos profissionais submetidos ao tratamento; caracterizar a técnica YNSA como instrumento para o tratamento da dor não específica em profissionais de saúde. Método: estudo do tipo antes e depois, onde cada sujeito é o controle de si mesmo para fins de avaliação da efetividade da intervenção. O cenário foi uma estratégia saúde da família, no interior do estado do Rio de Janeiro. O processo de coleta de dados ocorreu por um período de 4 semanas, onde foram realizadas 2 sessões de YNSA por semana, totalizando 8 sessões. Na primeira sessão foi aplicado questionário informativo referente aos dados socioeconômicos. Em todas as 8 sessões foi utilizada a Escala Verbal Numérica (EVN) nos momentos antes e após a sessão, com o objetivo de mensurar a intensidade da dor, através da escala de 0 a 10, onde 0 corresponde a ausência de dor e 10 equivale a dor insuportável. Para a verificação da qualidade de vida, o WHOQOL-BREF, foi respondido em dois momentos, o primeiro antes da primeira sessão e o segundo momento após a última sessão. Após a obtenção dos dados, os mesmos foram compilados e analisados com auxílio do programa Bioestat 5.3. Os sujeitos do estudo foram 7 profissionais de saúde, que compunham a Estratégia Saúde da Família, e se disponibilizaram a participar da pesquisa, de um total de 17 profissionais. Resultados: A YNSA foi eficaz em todas as sessões, na redução da dor (p=0,09) em 100% dos participantes deste estudo. Houve redução na frequência cardíaca e respiratória comparando os momentos antes e depois da sessão. Obteve-se redução comprovada estatisticamente da pressão diastólica (p=0,05), porém o mesmo não ocorreu na pressão sistólica. Além disso, houve melhora na qualidade de vida, principalmente relacionado ao domínio físico. Conclusão: Pode-se concluir que a técnica proporcionou melhora em relação à dor e qualidade de vida.