A terapia Reiki traz a perspectiva de uma visão holística do ser humano, e ainda, considera a existência dos parâmetros energéticos que envolvem a perspectiva humana. Baseia-se em uma prática de imposição de mãos em regiões energéticas, denominadas Chackras, que possui princípios da cultura oriental, no que diz respeito ao modo de vida. Com a publicação da Portaria nº 849, de 27 de Março de 2017 (Brasil, 2017), que regulamenta a inclusão do Reiki no rol das Práticas Integrativas Complementares (PICs), verificou-se, então, a validade desse recurso terapêutico em âmbito de saúde pública. Nesse sentido, objetivou-se, através de uma revisão sistemática, identificar e avaliar estudos sobre as finalidades terapêuticas e eficácia da terapia. Para realização da revisão sistemática, foram incluídos somente artigos científicos publicados entre janeiro de 2007 e agosto de 2017, em língua portuguesa ou inglesa. A pesquisa derivou em 168 artigos científicos nacionais e internacionais elegíveis que, após a aplicabilidade de todos os critérios de exclusão, resultou em 10 artigos, o que permite concluir que, apesar da tendência de crescimento da técnica em diferentes âmbitos de saúde, este aumento não está amparado pela produção científica acerca do tema. Além disso, pode-se perceber, ainda, que as produções já existentes apontam para uma melhoria considerável do quadro de dor dos sujeitos estudados que possuíam patologias distintas. Ressalta-se, também, que a quantidade de indivíduos avaliados por estudo é pequena na maioria dos trabalhos avaliados. Nesse aspecto, o uso da terapia foi avaliado de forma positiva quanto à eficácia no tratamento e alívio da dor. Porém, vale destacar a necessidade de melhoria da qualidade de produções científicas acerca do tema e a importância de que os sistemas de saúde registrem dados de atendimentos Reiki, a fim de servirem também como dados epidemiológicos para futuros estudos e intervenções que envolvam a temática.