A Análise Bioenergética (AB) é uma abordagem da Psicologia Somática voltada para a psicoterapia e outras práticas de promoção e tratamento à saúde. Atualmente, há profissionais em todos os continentes que trabalham com a AB, no Brasil, de um modo geral, as informações e estudos acerca do tema são pouco difundidos e sistematizados, bem como há preconceitos e impressões limitadas. No SUS, ela tem sido empregada dentro de políticas e serviços de saúde atrelado às Práticas Integrativas e Complementares por ter seus fundamentos em uma perspectiva vitalista e trabalhar a partir de compreensão de unidade mente-corpo. Em Recife, São Paulo, Vitória e no estado da Bahia existem relatos de trabalho com AB no SUS. Nossa pesquisa tem o objetivo de apresentar resultados preliminares de uma Revisão Integrativa (RI) da AB, que objetiva mapear os aportes científicos e metodológicos da área. Para tal, iniciamos uma pesquisa no Portal de Periódicos da CAPES, de estudos científicos publicados nos últimos dez anos na área, investigando em diversas bases de dados que compõem o Portal, como Lilacs, BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), Medline, Scielo etc. Adicionalmente incluímos na RI o “The Clinical Journal of Bioenergetic Analisys”, principal publicação do campo que não encontra-se indexada a nenhuma base de dados e atualmente estamos em análise destas produções. Nos resultados obtidos, coletamos 26 produções científicas no Portal de Periódicos da CAPES. Há a percepção de que existem poucas produções na área da AB nos últimos 10 anos, talvez pela própria falta de atualização do principal meio de publicação no campo não estar disponível para manejo virtual. Do ponto de vista teórico, observamos fortes influências do campo das neurociências no atual pensamento da AB. Com relação aos aspectos metodológicos, a adoção de estudos de caso parece ser a metodologia mais empregada no campo. Esperamos aprofundar nossos estudos e contribuir para desmistificar alguns preconceitos vigentes, bem como tecer críticas a AB. Além disso, esperamos fortalecer a AB para que possa compor, de forma sólida, cientificamente embasada e sistematizada, dando sua contribuição social no hall de práticas integrativas ofertadas no SUS.