Introdução: A educação em saúde por meio de dinâmicas promove a interação dos participantes, proporciona a troca de conhecimentos e a construção de caminhos e possibilidades para uma determinada situação. Parte do ponto de vista do participante para que em grupo a discussão seja ampliada e cada indivíduo vivencie novas concepções e experiências. A automedicação constitui-se com um grave problema que pode levar a conseqüências, principalmente quando o público é a pessoa idosa, uma vez que as complicações da automedicação são somatizadas com as alterações do processo de envelhecimento. Alguns estudos expressam que a população idosa está mais vulnerável a realizar práticas de auto medicação, utilizando medicamentos em demasia muitas vezes, para aliviar a dor ou tentar solucionar sintomas que acha não precisar ir ao encontro de profissionais de saúde para receber orientações. Outro aspecto é em relação ao esquecimento dos horários da medicação, fazendo com que tomem duas vezes o mesmo medicamento, sendo assim, é essencial que os profissionais trabalhem essa temática com a população idosa, de forma interativa e que primeiro proporcionem espaço para o idoso falar qual sua realidade e assim, construir junto ao idoso. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem mediante uma atividade educativa com o público idoso sobre automedicação. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado no Centro de Convivência dos Idosos, localizado no município de Campina Grande. O estudo partiu da vivência de acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, durante as atividades práticas da disciplina Saúde do Idoso. Relato: O primeiro momento faz referência à preparação da atividade educativa. O tema surgiu de necessidades reconhecidas através da consulta de enfermagem com idosos do Centro de Convivência. Ocorreram momentos de discussão sobre a temática e assim, foi possível planejar ações voltadas para dinâmicas que pudessem proporcionar momentos de descontração e ao mesmo tempo troca de aprendizado. A primeira dinâmica foi de integração, onde os participantes tinham que se cumprimentar com partes do corpo, por exemplo, com o ombro, braço, perna, joelho e pés. Foi um momento de bastante interação para os idosos e acadêmicos. Na segunda dinâmica utilizamos bexigas com perguntas e reflexões sobre a automedicação, como o questionamento sobre: utilização de medicações sem prescrição médica; dose e horário corretos da medicação; efeitos indesejáveis da medicação; conversa com o profissional de saúde sobre medicação e sua ação; essas reflexões despertaram a atenção e discussão dos idosos, expondo seu cotidiano. Conclusão: A automedicação precisa ser pensada e discutida com a população idosa, para que assim, o conhecimento existente se transforme em realidade.