As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são fomentadas nas ações que ocorrem in loco das populações e ainda considera-se a porta de entrada para toda a rede de atenção à saúde, preferencialmente. Sendo ainda fundamental para o desenvolvimento de suas ações, a criação de vínculo da equipe e unidade com os usuários, a humanização, a promoção do cuidado e propagação da corresponsabilização. Corroborando com este conceito, a Política Nacional de Humanização (PNH) expõe que a Atenção Básica (AB) deve elaborar e desenvolver projetos terapêuticos para pessoa e sua coletividade, onde estas devem ser resolutivas, proporcionar a minimização no uso de fármacos e fortalecer o vínculo entre a equipe de saúde e usuários (BRASIL, 2003). Pensando nisso, diversos autores afirmam que as Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PICS), devem ocorrer excessivamente neste local. Uma vez que, as propostas das PICS são o acréscimo da qualidade de vida das pessoas e das coletividades, a estimulação da humanização e, consequentemente, a criação de vínculo e dentre outros benefícios. No entanto, embora as propostas das PICS tenham suas contribuições bastante evidentes, estudos comprovam que ainda há um grande desafio na operacionalização e consolidação do uso das mesmas nos serviços de saúde. Portanto este trabalho tem como objetivo, descrever os desafios evidenciados na literatura para a consolidação das Práticas Integrativas e Complementares nas Unidades Básicas de Saúde. O presente estudo trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados: BVS e LILACS; utilizando os descritores: “Enfermagem”; “Terapias Complementares” e “Atenção Primária de Saúde”. Foram obtidos oito artigos, destes foi realizada a análise e discussão buscando os fatores interferentes que se configuram como barreiras para a consolidação das diversas terapias complementares. Obtiveram-se, então, os seguintes desafios enfrentados por enfermeiros da atenção primária: falta de conhecimento dos profissionais; a desvalorização e a falta de incentivo dos gestores; fragilidade na grade curricular e, por fim a pouca referência bibliográfica sobre a temática. Assim, conclui-se que frente aos resultados dos estudos incluídos nessa revisão, foi possível descrever as principais dificuldades para consolidação das PICS na APS. Cabe ressaltar ainda, que é indispensável que os membros das equipes de APS desenvolvam estratégias que os auxiliem para o enfrentamento dessas dificuldades, uma vez que a consolidação das PICS na Atenção Primária de Saúde não se limita em encontrar o melhor tipo de cuidado, mas diversificar as práticas ofertadas abrangendo as diferentes concepções de saúde e cuidado.