Mesmo antes da institucionalização da homeopatia no Brasil através da publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICs), a terapia complementar já era utilizada. Após essa consolidação, cada região, estado e município diverge muito em relação à gestão das práticas integrativas e complementares (PICs). Tendo em vista essa perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo fazer uma revisão da literatura para discutir sobre a implantação da homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS) e o porquê de algumas regiões terem a implantação efetiva e outras não. A pesquisa foi feita utilizando as bases de dados Scielo, ScienceDirect, Lilacs, PubMed e Periódicos Capes utilizando como descritores, homeopatia, Sistema Único de Saúde e terapias complementares, que foram cruzados utilizando o operador boleano AND. Foram encontrados somente artigos em português, que após aplicar os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 13 destes. Nos artigos encontrados, foi visto que os parâmetros que influenciam na implantação do atendimento homeopático nas unidades de saúde são o conhecimento do gestor, da população e o interesse dos profissionais da saúde nas PICs, além da credibilidade dada à homeopatia. Observou-se, ainda, que há um desconhecimento dos gestores e da população sobre a PNPICs, além da falta de informação elucidativa sobre o modo como agem os medicamentos homeopáticos, tendo como resultado um receio sobre a prática e, consequentemente, falta de interesse pelo funcionamento no SUS. Acontece que muitas vezes as pessoas têm o conhecimento, porém como não há a segurança de que a prática funciona, não fazem questão, no caso do gestor, de implantar o atendimento e, no caso da população, de cobrar que a PNPICs seja consolidada. Com isso, temos o resultado de poucas cidades disporem dos atendimentos homeopáticos. Ademais, constatou-se que não só a homeopatia, mas as PICs no geral precisam de uma elucidação melhor na sociedade, tendo em vista que para a população ser sensibilizada sobre a importância das terapias complementares, é necessário que haja uma preparação dos gestores e profissionais encarregados do diálogo com a população alvo.