O uso das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) é uma realidade dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), com isso faz-se necessário a utilização de instrumentos capazes de subsidiar a implantação e manutenção dessas práticas no SUS, que é caracterizado por escassez de recursos e demanda ilimitada. A contabilidade de custos pode proporcionar direcionamento orçamentário para essa área. O objetivo do estudo foi analisar os custos do serviço de PICs Equilíbrio do Ser, na cidade de João Pessoa-PB e fornecer conhecimento dos custos desse serviço, com o intuito de subsidiar gestores e profissionais de saúde na tomada de decisão. Trata-se de uma avaliação econômica do tipo parcial, com caráter descritivo, de natureza quantitativa. Os dados foram coletados por meio de informações secundárias e agrupados em planilhas do Excel. O método utilizado para analisar tais custos foi o de custeio por absorção. O serviço foi dividido em três centros de custeios, produtivo, administrativo e auxiliar. A análise dos dados mostra que houve 34.521 atendimentos em 2014 e o custo total do serviço foi estimado em R$ 1.270.015,70, desse montante, 79,69% foram classificados como custos diretos. O custo médio por paciente neste período foi R$ 36,79, considerando práticas individuais e coletivas. A acupuntura foi à prática individual mais utilizada, com 3.122 usuários atendidos, seguida pela terapia floral, que foi utilizada no atendimento de 1.114 usuários e a quiropraxia, com 638 usuários no período estudado. Conclui-se que o serviço apresenta um custo por usuário compatível com um serviço especializado. Os valores são equivalentes aos encontrados nos serviços biomédicos de média complexidade, no entanto, as PICs apresentam um paradigma caracterizado pela abordagem integral e holística do usuário.