A utilização da nomenclatura alfa-numérica padronizada para os acupontos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é bastante útil para o compartilhamento de conhecimentos na comunidade científica entre as diversas nações onde a Acupuntura é praticada. A padronização oficial recorrente segue o modelo alfa-numérico, seguido do nome em Chinês (Mandarim) romanizado (pīnyīn), dos ideogramas chineses tradicionais, e entre parênteses, suas respectivas versões simplificadas. É difundido que o conhecimento não apenas da nomenclatura alfa-numérica, mas também do significado dos componentes dos nomes tradicionais dos acupontos pode trazer aos estudiosos da acupuntura pistas sobre localização anatômica; correlação com elementos taoístas, tais como: Yīnyáng, cinco elementos, Qì; indicações sintomatológicas; além de correlações existentes dos acupontos entre si. Com isso, os objetivos deste estudo foram relatar a experiência do estudo da nomenclatura chinesa dos 361 acupontos pertencentes aos 14 meridianos principais da MTC e descrever quais as possíveis contribuições conceituais do conhecimento etimológico para os estudiosos da acupuntura. Buscou-se através da leitura do Guia de padronização mundial da nomenclatura de acupontos, a compreensão da etimologia dos acupontos listados. Dentre os achados, pode-se citar: Acupontos interconectados por meridianos transversais, pontos Shu do meridiano da Bexiga, pontos de tonificação e dispersão de Qì entre meridianos, frequentemente apresentaram nomes similares entre si, de mesma origem etimológica, facilitando, desta forma, o aprendizado de suas correlações, quando comparadas às correlações utilizando-se apenas nomenclatura alfa-numérica. Além disso, acupontos com indicações sintomatológicas específicas frequentemente apresentaram correlações com suas nomenclaturas chinesas. O estudo mais aprofundado da etimologia dos acupontos proporcionou uma facilitação no processo de aprendizado quanto à localização, indicação e correlação com elementos taoístas.