O conhecimento sobre plantas medicinais tem acompanhado a evolução do homem através dos tempos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) desde a conferência de Alma Ata (1978), oferece uma visão sobre práticas tradicionais de saúde, mencionando a falta de pesquisas no campo da promoção da saúde, profissionais como enfermeiros podem desenvolver grandes estudos sobre o uso de alternativas terapêuticas utilizadas pelas comunidades tradicionais propondo incentivo e estímulo à prática da Medicina Alternativa². Vale ressaltar essa recomendação de Alma Ata, haja vista, que este tipo de comunidade em sua maioria, se encontra descoberta pelo atendimento oficial de saúde, fazendo com criem suas próprias alternativas para seus problemas de saúde. Objetivo: Identificar e Relatar o uso de plantas medicinais mais utilizadas pela população quilombola do Curiaú no município de Macapá-AP. Método: Este trabalho constitui-se de relato de experiência realizado a partir de um diagnóstico de saúde de uma população que reside em uma área localizada no estado do Amapá a qual recebe o nome de “Quilombo do Curiaú” a mesma fica á 10 km do centro da cidade de Macapá. Para coleta de dados foram realizadas entrevistas durante visita domiciliar e consulta de enfermagem na Unidade Básica de Saúde, no período de 05 de julho a 10 de agosto de 2017, o total de entrevistados foram 10 pessoas, sendo 1 do sexo masculino e 9 do sexo feminino todos de famílias distintas pertencentes à mesma comunidade. Resultados e Discussão: Observou-se que famílias da área utilizam plantas para tratamento de saúde, os participantes da entrevista usam este tratamento por hábitos culturais, por crenças de que o medicamento natural é benéfico tanto quanto o tratamento farmacológico e por heranças deixadas por seus antecedentes, além de ser de baixo custo. Os entrevistados relatam que se sentem bem consumindo plantas medicinais que os mesmos são utilizados tanto por adultos quanto por crianças. Conclusão: Observar-se que os participantes da pesquisa possuem conhecimento sobre plantas utilizando elas para terapias complementares de tratamento da saúde de sua família. A população residente na área de abrangência da equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) utiliza frequentemente a terapia complementar, deixando claro que a implantação PNPIC no SUS vem para contribuir com as necessidades da comunidade, que através de orientações adequadas por profissionais habilitados, podem ter sua cultura e seus saberes fortalecidos.