As práticas integrativas e complementares em saúde compreendem uma política nacional cada vez mais evidente no cenário da atenção à saúde pública do país. Sua implantação e implementação pressupõem a necessidade de profissionais critico reflexivos e sensíveis, a fim de garantir a promoção da saúde a partir do cuidado continuado, humanizado e integral, valorizando a diversidade cultural e a participação social. Em março de 2016 foi realizada uma aula aberta na Universidade Feevale, em Novo Hamburgo – RS, sobre as PICS, promovida por docentes das disciplinas Saúde Pública e Saúde Coletiva. A dinâmica contemplou a interação entre profissionais que trabalham com práticas como Yoga, Aromaterapia, Reiki, Plantas medicinais, Pindas, Cromoterapia, Florais de Bach e Quiropraxia; e acadêmicos dos cursos de graduação em Fisioterapia, Enfermagem, Quiropraxia, Farmácia, Nutrição, Biomedicina, Educação Física e Estética e Cosmética. Inicialmente foi apresentado o conceito das PICS aos acadêmicos e logo após, estes foram organizados em pequenos grupos, distribuídos nas diferentes tendas de práticas das PICS dispostas na sala, de acordo com o nome da prática que constava numa ficha recebida ao chegarem na sala. Os acadêmicos foram instigados a discutir sobre os instrumentos e/ou elementos decorativos da tenda em que estavam, e identificar ao final da discussão o profissional da prática. A partir daí experienciaram as práticas e por fim apresentaram ao grande grupo suas experiências vivenciadas na tenda. Em seguida, puderam circular por todas as tendas para dialogar e vivenciar outras práticas. O evento foi encerrado com uma roda de conversa sobre as práticas, com os profissionais convidados. A aula aberta sobre PICS trouxe inúmeras reflexões. Grande parte dos estudantes referiu desconhecer e/ou nunca ter entrado em contato com as práticas, ter gostado muito da proposta; e evidenciou interesse em conhecer e aprofundar o assunto. Promover este encontro, das mais diversas formas, é um compromisso que deve ser assumido pelas instituições formadoras, aproximando os acadêmicos da pluralidade que envolve o conceito ampliado de saúde e das diferentes formas de abordagens terapêuticas, fomentando as concepções de saúde e adoecimento e os aspectos culturais que envolvem o cuidado, contribuindo assim para uma formação coerente e contextualizada com os princípios e políticas de saúde do SUS.