As pesquisas no campo da meditação vêm se inserindo, cada vez mais, no meio científico, por sugerir resultados positivos no combate a uma série de problemas, como insônia, dores, depressão, falta de concentração, entre outros. Em 2017, a meditação foi inserida oficialmente na Política Nacional de Práticas Integrativas do SUS (PNPIC), aprovada em 2006. Este trabalho tem o objetivo de relatar uma experiência feita com um grupo de praticantes de meditação do Centro de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Canto da Harmonia, em João Pessoa - Paraíba - que oferece a prática de meditação para usuários do SUS uma vez por semana. Trata-se de uma experiência ocorrida de 02 de setembro de 2015 a 24 de abril de 2017, quando foram feitas as observações desta pesquisa, que duraram 106 horas, com um total de 70 sessões, com 90 usuários que estavam frequentando o grupo nesse período. A pesquisa mostra as estratégias adotadas para garantir a continuidade e a eficácia do grupo no centro, no que diz respeito a organizar e sistematizar as técnicas, bem como verificar a elaboração de ferramentas que possibilitem mensurações, acompanhamento e observações nos registros de evolução dos prontuários dos praticantes acerca dos principais motivos pela procura, numa perspectiva integral: físico-emocional. Os resultados indicaram que houve um aumento considerável de praticantes nas sessões de meditação, a partir da elaboração e da inserção de fichas, o que os motivou a meditarem não apenas no centro durante as sessões, mas também em casa, para que estejam mais ativos no próprio processo, já que essa é uma das características mais notáveis da meditação: dar autonomia total ao interagente nas relações entre o terapeuta e o paciente.