Introdução: A avaliação dos serviços prestados em saúde pública é fundamental ao Programa do Sistema Único de saúde (SUS) e das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs). O conhecimento do processo saúde-doença pelo método epidemiológico, bem como das intervenções realizadas, possui uma dimensão de determinação social. A abordagem osteopática de atendimento, centrada no indivíduo doente e não na doença, representa ação humanizadora de atenção à saúde, que se tem ampliado no atendimento à população em cidades brasileiras seguindo diretrizes para sua prática, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até o momento dados publicados de ambulatórios públicos são escassos em relação ao TMO em dor lombar. Objetivos: Relatar os resultados do tratamento osteopático registrados em prontuários de Ambulatório Público de indivíduos diagnosticados clinicamente com dor lombar crônica e tratados com Tratamento Manipulativo Osteopático (TMO) no Centro Municipal de Reabilitação do Engenho de Dentro no Rio de Janeiro. Metodologia: Estudo transversal com censo de dados registrados em prontuários de indivíduos de ambos os gêneros, portadores de dor lombar crônica nos anos de 2012, 2013 e 2014, idade entre 18 e 75 anos inclusive. A escala Visual Analógica (EVA) foi utilizada para avaliar a dor dos pacientes nos TMOs e seus resultados registrados nos prontuários. A análise estatística empregou dados de média com objetivo de avaliar possíveis alterações da percepção dos pacientes na dor lombar crônica do primeiro para o segundo e desse para terceiro TMO. Resultados e Discussão: A média para a dor foi 6,73 na primeira avaliação, 5,64 na segunda e 4,99 na terceira. Do total de prontuários analisados o número de indivíduos do gênero feminino foi o dobro em relação ao masculino, o que está de acordo com outros estudos clínicos prévios. Conclusões: 1- Os dados analisados indicam redução da dor lombar crônica após cada TMO, no período e condições de atendimento conforme oferecido no posto de saúde, confirmando dados existentes de literatura; 2- a prevalência foi maior em mulheres; 3-estes dados contribuem para o conhecimento dos TMO enquanto procedimento terapêutico aplicados em ambulatório público no Brasil e fornecem subsídios para implantação em outros serviços públicos de atenção primaria.