Este trabalho teve como objetivo investigar o ensino de Química no 9o ano de Escolas Municipais de João Pessoa e suas implicações na aprendizagem sob a ótica discente. Para tal, foram sorteadas nove Escolas, uma de cada Região de Ensino do município, e participaram da pesquisa 390 alunos, que responderam a um questionário semiestruturado, contendo questões abertas e fechadas, dentro do método de investigação mista. Como resultado da pesquisa, observou-se que, apesar de a grande maioria dos alunos achar o ensino de Química importante, principalmente por conta da transição para o Ensino Médio, houve grande incidência de discentes que não conseguiram definir, de forma básica, o que é Química. Além disso, a maioria dos questionados relatou que tem dificuldade em aprendê-la, por considerá-la complicada, entediante e com muitos cálculos. Ficou também evidenciado que a falta de atividades experimentais na maioria das escolas, ou pela ausência de laboratórios ou pela inabilidade e acomodação do professor, associada à falta de compromisso do aluno em ampliar seu conhecimento com atividades de estudo fora do ambiente escolar, tem dificultado a percepção da real importância da Química no cotidiano dos mesmos. Por esse motivo, faz-se necessária uma mudança na metodologia de ensino que vem sendo empregada nas escolas. O ensino de Química deve estar atrelado às atividades experimentais, que, na ausência de laboratórios, devem ser desenvolvidas em outros ambientes da escola, com materiais recicláveis de baixo custo ou através de kits educativos. Só assim, os discentes passarão a ter um ensino de Química lúdico, útil e imprescindível para uma maior consciência cidadã e socioambiental.