A formação de corais escolares constitui metodologia bastante interessante, seja como atividade curricular ou extracurricular. Além de propiciar o ensino dos conteúdos próprios da teoria musical, solfejo, harmonia e leitura de partitura, a prática do canto coral também pode auxiliar na formação integral do ser humano, contribuindo para o desenvolvimento da sociabilidade e da sensibilidade artística e estética. Em face dessa relevância, o presente trabalho traça o percurso da criação de corais nas escolas do Brasil. O objetivo é desvelar de que forma esse recurso didático foi implantado e quais os obstáculos e progressos ocorridos ao longo dos anos, a fim de discutir a viabilidade dessa prática como meio de propiciar o ensino de música na educação básica. Em decorrência do viés historiográfico, a pesquisa utiliza como recurso metodológico o levantamento de informações em fontes bibliográficas diversas, que abordam a formação de coros em território nacional, desde o período colonial até a contemporaneidade. A partir dos dados obtidos, questiona-se quais dificuldades levaram ao fracasso e quais medidas garantiram o retorno e a efetivação dessa prática pedagógica. Ao final das análises, constata-se que a utilização do canto coral com fins educativos, passou por avanços e recuos ao longo do tempo, mas sempre se manteve como método de ensino significativo, ainda que como recurso interdisciplinar. Nesse sentido, a partir da aprovação da lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que institui a obrigatoriedade do ensino da música na escola, o desenvolvimento de corais se mostra como atividade de suma importância para a viabilização da música no contexto escolar.