Historicamente as representações de gênero ligadas ao sertão foram perpassadas por estereótipos que associam o masculino à virilidade, força e violência, representado na figura do “cabra macho” e o feminino à ideia de submissão, seriedade e deserotização, embora também haja uma associação da sertaneja com a “mulher macho”, vista como forte. Considerando essas persistentes representações pretendemos suscitar no presente trabalho, possibilidades de releituras sobre o sertão e suas personagens, a partir da história de vida de Dona Farailda e do Sr. José Carvalho, sujeitos cujas práticas vão de encontro as convenções de gênero.