O treinamento resistido (TR) com oclusão vascular (OV) potencializa aumentos de
força e hipertrofia muscular. Entretanto, ainda há controvérsias em relação às respostas
cardiovasculares a esse tipo de treinamento. Assim o objetivo do estudo foi avaliar e
comparar as respostas da pressão arterial sistólica (PAS), frequência cardíaca (FC) e
duplo-produto (DP) ao TR com diferentes níveis de OV. Foram recrutados dez
participantes com idade de 28,3 ± 5,1 anos, massa corporal de 81,3 ± 9,3 quilogramas e
estatura de 177,6 ± 7,9 centímetros e experientes em TR (≥ seis meses). Todos os
participantes realizaram o teste de uma repetição máxima (1RM) e, posteriormente,
foram submetidos a três protocolos padronizados em três séries de 15 repetições com
carga de 30% de 1RM com intervalo de recuperação de um minuto no exercício de
extensão unilateral de joelho. Os protocolos diferiram-se somente em relação aos níveis
de oclusão vascular sendo (I) sem oclusão (SO), (II) oclusão parcial (OP) e (III) oclusão
total (OT). O nível de OV foi definido pela PAS de repouso, sendo a OP correspondente
à 50% e a OT à 100% do valor basal. A PAS e FC foram verificadas em repouso e ao
final de cada série do protocolo de exercício. A análise de variância (ANOVA) de duas
entradas com post hoc de Bonferroni foi utilizado para verificar diferença entre os tipos
de oclusão, tendo nível de significância quando p<0.05. Independentemente do nível de
OV observou-se diferença da PAS, FC e DP entre as séries e o repouso (p<0,001) e da
2ª e 3ª séries comparadas à 1ª série (p= 0,01; p= 0,029). A OP e OT proporcionaram
maiores valores de PAS na 3ª série comparada à 2ª série (p= 0,036; p=0,025) além da
OT ocasionar maior resposta em relação à SO (p= 0,01). Em relação a FC, a 2ª e 3ª
séries apresentaram diferença significativa em relação à 1ª série independentemente do
tipo de OV (p= 0,011). Por fim, o DP apresentou maiores valores com o método de OT
comparado aos outros dois métodos de OV. Assim conclui-se que o TR realizado com
OV promoveu maiores respostas hemodinâmicas quando comparados ao TR sem OV.