A percepção subjetiva de esforço (PSE) depende da integração de sinais periféricos (músculos e articulações), centrais (ventilação) e motivacionais. Por outro lado, quando um indivíduo auto seleciona sua intensidade em exercícios aeróbios pode ocorrer a mudança perceptual da sensação de intensidade. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi investigar a PSE em treinamento aeróbio contínuo (TAC) com intensidade prescrita e auto selecionada. Participaram do estudo 29 mulheres pouco ativas na fase da pós menopausa (59,6 ± 6,4 anos; 1,59 ± 0,08m; 65,2 ± 10,2 kg; IMC = 26,1 ± 3,1 kg/m2; 27,9 ± 5,2 %Gordura; 9102 ± 3560 passos por dia [classificação = pouco ativas, segundo Thompson, Rakow e Perdue]). O desenho experimental foi composto por 3 dias: sessão de TAC familiarização (1º dia), sessão de TAC auto selecionada (2º dia) e sessão de TAC prescrita (3º dia). No 1º dia as voluntárias foram instruídas sobre os procedimentos do estudo e realizaram TAC durante 20 minutos em percurso retangular de 50 metros demarcado por cones, precedidos por um aquecimento de 3 minutos a uma intensidade (km/h) auto selecionada confortável. Isto foi feito para os sujeitos garantirem que estavam confortáveis com as sensações associadas ao TAC, além de promover a familiarização com as respostas da PSE. Durante o TAC foi solicitado que: "selecione um ritmo confortável de qualquer intensidade que gostaria, podendo ser uma caminhada ou corrida, desde que se sinta mais confortável”. A intensidade e a duração do TAC foram mantidos cegos para os participantes durante esta sessão. Todos os ajustes da intensidade realizadas pelos sujeitos foram registrados pelos pesquisadores. Após 5 minutos do término do TAC os voluntários respondiam a PSE (Escala de Borg 6-20). No 2º dia, foi realizado protocolo idêntico ao da sessão de familiarização. No 3º dia novamente foi realizado aquecimento de 3 minutos idêntico ao anterior e, em seguida, uma intensidade para prescrição do TAC foi definida. Esta intensidade foi replicada pelos pesquisadores de forma análoga a sessão de TAC auto selecionada, ainda com cegamento de tempo e velocidade visando não interferir na PSE. Apenas foram informados que a velocidade estaria aumentando ou diminuindo. A partir da coleta de dados, verificou-se a normalidade e homocedasticidade pelo teste de Shapiro Wilk e Levene. A diferença da PSE entre as sessões foi verificada pelo teste t pareado dependente, com p