Na contemporaneidade, um dos grandes temas que tem merecido discussão é o envelhecimento humano. No intuito de buscar respostas e soluções, inúmeras pesquisas vêm sendo realizadas nesta área, objetivando diminuir as perdas consequentes deste processo e proporcionar melhor qualidade de vida aos idosos. A literatura enuncia que os fatores mais restritivos à independência do idoso são a incapacidade física e mental, as quais limitam em alto grau as possibilidades de autogestão e autocuidado, bem como o potencial de socialização do idoso, acabando por isolá-lo e submetê-lo ao risco de institucionalização clínica. O objetivo da pesquisa foi comparar a autonomia funcional e o indíce de depressão entre homens e mulheres idosos. A amostra foi composta por 30 idosos com idade entre 60 e 85 anos (71,37 ± 6,48), sendo 15 do sexo masculino e 15 do sexo feminino. Para avaliar a capacidade funcional foi empregado o protocolo GDLAM. O nível de depressão foi mensurado por meio da Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15). Atendido os pressupostos do requisito de normalidade amostral recorremos a aplicação do teste paramétrico t-student para comparar as diferenças entre os sexos, sendo adotado o nível de significância de (p ≤ .05). Os resultados demonstraram não haver diferenças significativas entre os sexos nos níveis de depressão (t= 1.474 p= .152). Na comparação da autonomia funcional, não houveram diferenças significativas entre os sexos, nos testes: caminhar 10m (C10 m) (t= .751 p= .459), levantar-se da posição sentado (LPS) (t= 0.96 p= .345), levantar-se da posição de decúbito ventral (LPDV) (t= 1.502 p= .144), levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa (LCLC) (t= 2.122 p= .043), e nem no índice geral do protocolo GDLAM (IG) (t= 2.047 p= .051). Contudo, houve diferenças significativas entre os sexos no teste vestir e tirar uma camiseta (VTC) (t= 3.427 p= .002), com o sexo feminino tendo alcançado resultado significativamente superior. Apesar das mulheres comumente serem mais propícias aos sinais de depressão que os homens, e esta ser uma psicopatologia com altas predições incapacitantes, as mulheres idosas apresentaram resultados semelhantes aos homens. Em relação à autonomia funcional, as idosas se saíram melhor no teste de vestir e tirar uma camisa, possivelmente pela maior adesão das mulheres idosas aos programas de atividades físicas sistematizadas. Conclui-se que homens e mulheres idosos apresentam resultados semelhantes na capacidade funcional e níveis de depressão.