O contexto do esporte de elite no Brasil e o sucesso nos Jogos Paralímpicos (JP) parecem depender do desempenho de veteranos que continuamente dependem de subsídios das instituições às quais está vinculado. A entrada de novos talentos entre a elite do esporte Paralímpico ainda é um desafio que confronta com a necessidade de esportes para todos. O objetivo deste estudo foi analisar a trajetória do atleta brasileiro com deficiência quanto à sua permanência nos ciclos Paralímpicos. Para tal foram utilizadas as relações nominais dos atletas brasileiros contidas nas bases de dados do International Paralympic Committtee (IPC). Os Registros utilizados datam de 1972 a 2016. Observamos que alguns atletas brasileiros permanecem de 8 a 24 anos vinculados à seleção nacional. Esses achados podem reforçar um paradoxo na trajetória do atleta Paralímpico: de um lado o fato em torno da importância do vínculo de longo prazo com o esporte por pessoas com deficiência, e de outro, o fato de que políticas institucionais ignoram impactos negativos da transição de carreira ainda não oferecem alternativas a esses veteranos quando atingem idades avançadas.