Há muito tempo avaliação antropométrica vem sendo utilizada para mensurar, classificar, quantificar e qualificar todo o desenvolvimento físico de qualquer indivíduo, ele atleta ou não; além de ser um instrumento de fácil acesso, de fácil entendimento e leitura, com custo baixo, e acima de tudo que proporciona resultados confiáveis e fidedignos, entretanto esses resultados possuí algumas variáveis que não são controláveis, como a individualidade biológica de cada indivíduo, e variáveis que podem ser controladas, como a técnica que o avaliador possuí na hora de realizar a avaliação antropométrica. O maior índice de erros nos resultados de avaliações, geralmente são decorrentes de erros na hora da realização da técnica de mensuração. Por essa variável não ser controlada, os avaliadores utilizam o erro técnico de medição (ETM), para qualificar e verificar a precisão na repetição da medida, deixando os mais precisos em suas coletas, e qualificando melhor os resultados. O objetivo do presente estudo é de realizar uma análise entre interavaliadores, de academias distintas, para verificar o ETM dos resultados da antropometria das dobras cutâneas. Foi realizado a coleta dos valores de 8 dobras cutâneas (subescapular, tricipital, bicipital, axilar-média, supra-íliaca, abdominal, coxa distal e panturrilha), de um indivíduo com IMC de 32,24 kg/m², iniciante em exercícios resistidos; foi avaliado em dias distintos por dois avaliadores, já experientes na aplicação das técnicas de mensuração; foi utilizado o Adipômetro Cescorf 0,1mm por ambos avaliadores; foram calculados o ETM absoluto, o ETM relativo (%) e o Valor Médio da Variável (VMV) conforme descrito e executado por PERINI et al. (2005), e comparado pela metodologia de NORTON e OLDS (2000), para classificar o ETM entre aceitável ou não aceitável; foi selecionada pelos avaliadores e considerada para utilização nos cálculos a dobra cutânea Subescapular. Foram obtidos os seguintes resultados; ETM absoluto 4,10; ETM relativo: 8,71% (não aceitável) e VMV: 47,10. Seguindo a metodologia de NORTON e OLDS (2000), o valor obtido de ETM relativo, é considerado “não aceitável” pois excede o valor proposto que é de 7,5% para interavaliadores, seguindo a metodologia proposta, quanto menor o valor obtido no ETM relativo mais precisa é a mensuração e aplicação da técnica. Por meio do cálculo do ETM podemos analisar que há necessidade de uma maior treinamento e precisão na aplicação das técnicas de mensuração para ambos avaliadores, objetivando obter valores mais precisos e fidedignos melhorando a qualificação da avaliação antropométrica.