O âmbito esportivo passou por evoluções e imersão num mundo altamente tecnológico, onde as novas mídias digitais passaram a fazer parte desse ambiente, podendo acarretar danos aos atletas que utilizam esses espaços de forma inadequada. Assim, é relevante investigar a existência de possíveis influências que os aparatos podem gerar aos esportistas. Deste modo, esta pesquisa possui como objetivo verificar a opinião de jovens futebolistas acerca da imersão dos mesmos no ciberespaço, além de constatar possíveis consequências sobre a utilização da rede que possam ser danosas ou benéficas aos usuários. A pesquisa possui caráter quali-quantitativo, sendo que o instrumento para a coleta de dados adotado foi um questionário contendo oito indagações abertas que visavam a consecução do objetivo previamente descrito. O estudo contou com uma amostra composta por 211 jovens futebolistas de futebol (todos do sexo masculino), membros das categorias de base de dez equipes brasileiras que participaram da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Os atletas apresentaram média de idade de 18,05 anos (± 0,96), com experiência média de prática da modalidade equivalente a, aproximadamente 9 anos (± 3,26). Foi utilizada a análise de conteúdo como forma de analisar o material das respostas obtidas e categorizar os dados. Constatou-se que 36% dos atletas já foram influenciados negativamente com relação aos aspectos da concentração e foco devido às novas mídias digitais. Por outro lado, 31% informa que isso não ocorre, enquanto 9% indica que a utilização das redes sociais virtuais, por exemplo, é danosa ao rendimento esportivo, 7% considera que os aparatos tecnológicos e o cibermundo são positivos no sentido de distrair os atletas e aproximá-los de seus familiares/fãs e o restante ficou dividido em outras categorias sem muita expressão numérica. Também foi verificado que grande parte dos indivíduos considera que as novas mídias digitais interferem constantemente no rendimento esportivo, principalmente quando uma notícia sobre o próprio atleta ou sua equipe é veiculada (40%), sendo que para 30% dos indivíduos esse é um fator indiferente, além de 21% citar o aumento da motivação por conta de aparecer nas novas mídias digitais, somado a 8% que afirma que esses aparatos corroboram na busca pela solução dos problemas e apenas 1% que diz que há melhora na concentração e foco para a partida devido a veiculação de mensagens sobre si. Portanto, nota-se que os atletas possuem distintas opiniões referentes ao uso das novas mídias digitais no cenário esportivo. Além disso, é nítido que as redes sociais virtuais podem interferir diretamente em aspectos do esporte, seja na perda da concentração para a partida ou mesmo no rendimento durante a prática da modalidade. Este fato demonstra que são necessárias estratégias que façam com que os atletas saibam lidar com o ambiente virtual, não sofrendo danos que interfiram diretamente no contexto esportivo (individual e coletivo) e, até mesmo, pessoal.