O Kendo como atividade física possui uma exigência metabólica para ser realizado. Tal exigência metabólica já foi superficialmente apresentada na literatura, no entanto a quantificação de cada metabolismo envolvido na prática nunca foi relatada. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi quantificar a demanda energética total na prática de um protocolo de Kendo, simulando um treino, assim como delimitar a fração de cada metabolismo envolvido na prática (aeróbio e anaeróbio). A amostra foi constituída de 10 praticantes homens (29,0 ±7,6 anos, 82,0 ±14,2 kg, 174,4 ±7,5 cm, 27,1 ±5,5 % gordura corporal) com pelo menos 3 anos de experiência, submetidos à avaliação da composição corporal por absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA) e desempenho do protocolo experimental de Kendo, com 11 técnicas de aquecimento e 31 waza. Durante o protocolo, a troca gasosa foi medida utilizando o espirômetro portátil K4b2 (COSMED®). Com base nos dados de V̇O2 e V̇CO2, a demanda energética foi calculada usando (Ė = 3,941 ∙ V̇O2 + 1,106 ∙ V̇CO2). Todos os dados foram apresentados por média e desvio padrão. A demanda aeróbia e anaeróbia para a realização do aquecimento foi 76,2 ± 13,2 kcal (89,1 ± 7,3%) e 9,2 ± 6,8 kcal (10,8 ± 7,3%), respectivamente, enquanto que para a fase de waza foi 142,3 ± 26,5 kcal (75,9 ± 8,6%) e 44,8 ± 15,7 kcal (24,1 ± 8,6%), respectivamente. Conclui-se que a prática do Kendo exige uma alta demanda energética, principalmente da via aeróbia, sendo similar à outras modalidades de lutas.